quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Cinema

As produções cinematográficas das décadas de 50 e 60 são bem distintas entre si. Na década de 50 vivencia-se basicamente dois pólos:o apogeu da chanchada e o surgimento de duas tendências estéticoideológicas,a realista (de apego ao neo-realismo italiano, de preocupação social) e a intimista (de cunhopsicológico, ligada ao cinema de Bergman).Na década de 60, tem-se, sobretudo, o Cinema Novo, que persegue a tradição neo-realista italiana, com seu retrato desnudo do Segundo Pós-Guerra, abraçando também a Nouvelle Vague francesa e o conceito de cinema autoral. Aliada a isso, os cineastas do Cinema Novo descobrem o trabalho do cinema pioneiro de Humberto Mauro e o cinema do documentarista de Linduarte Noronha. O cinema “de autor” se opõe ao chamado cinema de estúdio, como a Vera Cruz, que, nas décadas de 40 e 50 dominava o mercado brasileiro. A chanchada, antes predominante, praticamente desaparece no início dadécada. O quadro político-sócio-econômico nestes dois períodos justifica essa distinção. Depois da queda de Getulio Vargas, em 1945, o Brasil vivia seu primeiro período democrático desde 1930. Em 1955, Juscelino Kubitschek, prometia, em sua campanha eleitoral, concluir o projeto de transferência da capital federal antes do final do seu mandato. A economia do país progredia e, nos finais da década de 50, o otimismo em relação ao futuro do país era grande. O cinema brasileiro supera tanto qualitativa como quantitativamente a produção em décadas anteriores, saltando de 90 filmes na década de 40, para aproximadamente 300 filmes na década de 50. Na década de 60, entre filmes de ficção e documentários, a produção brasileira totaliza cerca de 400 películas.

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